segunda-feira, 14 de junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Oficina da Escrita - III

Afinal, não é difícil fazer poemas
Brincar com as palavras,
Atirá-las para o papel
Vê-las ganhar ordem e arrumarem-se,
Como actos de vontade,
Depois, é lê-las,
Sentir-lhes o peso da magia,
Segui-las para o Reino da Fantasia.

A praia
(Palavra puxa palavra)


Era uma vez um menino que gostava de brincar na praia.
Praia é bonita como o Sol brilhante,
Brilhante é o mar, às ondinhas como nuvens no ar.
Ar puro é o que procuramos para viver,
Viver é o que temos que fazer.
Fazer trabalhos para não ficarmos atrapalhados.
Atrapalhados ficam os paspalhos.
Paspalhos têm que trabalhar apressados,
Apressados não chegamos a lado nenhum.



Era uma vez um menino que gostava de brincar na praia.
Praia é magnífica e serena, o azul do mar é a luz que a ilumina.
Ilumina o Sol e a fantasia,
Fantasia é a magia de conhecer.
Conhecer é o truque mágico do olhar.
Olhar é a fantasia da Visão,
Visão é um sentido fantástico.
Fantástico é o gato quando está a brincar,
Brincar é a magia do tacto.
André (EB1 de São Félix)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Conhecimento Explícito da Língua

A acção da instituição escolar, principalmente no 1º ciclo, tem que incidir no desenvolvimento da consciência linguística, a qual, ao longo do percurso escolar da criança, progredirá para o estádio de conhecimento explícito. Em contexto educativo, este objectivo operacionaliza-se no ensino da gramática, enquanto aglutinadora do estudo do conhecimento intuitivo da língua com os princípios e as regras que balizam a utilização oral e escrita desse conhecimento.

Enriquecimento lexical e Classe das Palavras - EB1 de Carvalhais e EB1 de São Félix

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Oficina da Escrita - II

Procurando soluções para uma melhor pedagogia da escrita, constata-se que não se ensina a escrever e a ler de uma só forma: cada turma tem um contexto, cada aluno tem as suas especificidades e cada professor o seu mundo.
A defesa da criatividade linguística, como pretexto e ferramenta para o gosto e o prazer da leitura e da escrita, remete para o acto libertador de escrever sem peias nem medos do erro ortográfico, qual bicho-papão do natural fluir da inspiração.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Encontro Nacional do PNEP

Nos dias 29 e 30 de Abril decorreu, em Lisboa, o III Encontro Nacional de Formação no âmbito do Programa Nacional de Ensino do Português (PNEP) organizado pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e pela Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA).
Do programa constaram duas conferências visando temas da actualidade - Acordo Ortográfico e Metas de Aprendizagem da Língua Portuguesa - proferidas pelo Prof. Ivo de Castro e pela Prof.ª Inês Sim-Sim, respectivamente, a realização de oficinas práticas e a apresentação e partilha de experiências pelos diversos núcleos presentes.
O núcleo de Viseu apresentou diversas actividades de escrita, incidindo nos domínios ortográfico e textual. Estas actividades foram planificadas com base no “ciclo da escrita” e enfatizaram a importância da fruição lúdica e do gosto pela escrita.

domingo, 16 de maio de 2010

Oficina de Escrita

A entrada para a escolaridade obrigatória marca, para a criança, o início da descoberta de um mundo maravilhoso potenciado pela escrita. No entanto, o novel aluno vivencia esta experiência de um modo conflitual pois, desde muito cedo, (no 1º Ciclo e às vezes, ainda antes, no pré-escolar) as regras e as obrigações formatam a ideia de que o ensino/aprendizagem da leitura e da escrita tem que ter algo, fatidicamente, cinzento e rotineiro.
Entre a obrigação e o prazer que o escrever pode implicar, há um longo percurso: a escrita, umas vezes, conquistada de forma consciente, outras, como que por osmose com a leitura, tem de necessariamente constituir-se como um momento de prazer e de frutuosa interacção com o material escrito.

Jogo dos Disparates - EBI de Santa Cruz da Trapa (3º Ano )

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Avaliação da Leitura - II

A componente lúdica da escrita, experimentando outras dimensões para além daquela a que o quotidiano escolar nos obriga, é estruturante na aquisição das competências essenciais da expressão escrita. A exploração de vivências e estímulos pessoais e um método específico que tem no grupo uma base fundamental, desenvolve na criança uma escrita mais sensível, mais espontânea, mais livre. No fundo é uma forma lúdica de pôr em marcha o comboio da escrita que cada um tem dentro de si.

Palavra puxa palavra - EBI de Santa Cruz da Trapa (2º ano)

domingo, 2 de maio de 2010

Dia da Mãe




Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães se vão embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas'

segunda-feira, 26 de abril de 2010

25 de Abril


Na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, a rádio emitiu a canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho. Quando ouviram a canção, os soldados pegaram nas armas e máquinas de guerra e dirigiram-se para Lisboa.
Tinha começado a Revolução dos Cravos!
As pessoas e o exército saíram para a rua, para se manifestarem contra o governo, pois estavam cansados de viver em Ditadura.
A população lutava pela liberdade, estavam fartos de viver amedrontados. Queriam ter direito ao voto, para poderem escolher quem governava. Assim sendo, concentraram-se em frente de um edifício do Estado e obrigaram os governantes a abdicar.
A partir deste dia o povo passou a viver em democracia, havendo igualdade entre homens e mulheres.
O 25 de Abril passou a festejar-se com muita alegria, sendo para os Portugueses o Dia da Liberdade.


Diana, Cristina e Tiago
Escola de Carvalhais

19/04/2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Visita à Escola da Ponte

O Núcleo do PNEP de Viseu efectuou, no dia 22 de Abril, uma visita à Escola da Ponte, na Vila das Aves. Esta Escola configura, ao nível nacional, um projecto educativo único, assente na partilha e na colaboração, sem separação por turmas, sem campainhas nem barreiras.
A peculiaridade do seu trajecto educativo pressupõe a apropriação individual do currículo, pelos alunos, tutelada e avaliada pelos orientadores educativos que funcionam como mentores e escrutinadores na aquisição de competências. Aos alunos compete valorizar a construção da sua identidade pessoal, assente nos valores de iniciativa, colaboração, criatividade e responsabilidade.
A visita permitiu perscrutar as dinâmicas quotidianas e o trabalho nalgumas salas de trabalho e espaços da escola, onde imperava o silêncio, o trabalho, a entreajuda, a aquisição autonoma de saberes e a responsabilização por uma educação global.


segunda-feira, 19 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Ensino da Escrita: Avaliação

Numa visão tradicional da escrita em contexto escolar, os papéis estão perfeitamente delimitados: os alunos partem do princípio que a sua missão é escrever e a do professor avaliar. No entanto, se queremos que a leitura e a escrita se constituam como momentos significativos e ancorados nas vivências pessoais e sociais, é necessário alterar estes paradigmas: os alunos devem ser também leitores – críticos daquilo que escrevem, adquirindo responsabilidade e capacidades suficientes para decidir se os objectivos subjacentes à escrita de um determinado texto foram cumpridos.
Esta capacidade de auto-correcção e de admitir o que está errado no texto é de primordial importância, pois sem a noção do que está mal muito dificilmente os erros serão corrigidos. Cabe ao professor criar essas situações de análise crítica e simultaneamente ensinar a consultar textos já trabalhados, os dicionários, as listas de palavras e a fornecer aos alunos informações sobre os erros cometidos.



Revisão e reescrita de texto informativo - EB1 de Sá (1º e 3º anos)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ensino da Escrita: Dimensão textual

Produzir um texto é uma aprendizagem lenta que se reveste de grande complexidade, na medida em que é necessário dominar o código escrito, conhecer as características dos diferentes tipos de texto e desenvolver uma temática, o que implica uma planificação e a escolha de estratégias diversas (Rebelo, 2000).
A produção de textos, como referem Martins e Niza (1998), “é uma actividade cognitiva complexa que envolve múltiplos processos e pressupõe a tomada de múltiplas decisões”. Esses processos e tomadas de decisão centram-se, por exemplo, na elaboração do conteúdo, na codificação do texto no papel ou na sua revisão
.

Planificação do texto narrativo (EB1 de Serrazes - 1º e 2º anos)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ensino da Escrita - Apresentação

Escrita (2)

Ensino da escrita: dimensões gráfica e ortográfica

A aprendizagem da leitura e da escrita começa muito antes da entrada na escolaridade obrigatória. Parafraseando Vigotsky (1977, cit. in Martins e Niza, 1998, p.47), “a aprendizagem escolar nunca parte do zero. Toda a aprendizagem da criança na escola tem uma pré-história”. De facto, desde muito cedo, as crianças se interrogam e põem hipóteses sobre o escrito que as rodeia, sobre as suas funções, as suas características formais e as suas relações com a linguagem oral. Essas concepções, no entanto, não são uniformes pois crianças da mesma idade apresentam diferenças marcantes, o que se deve às diferentes oportunidades de contacto com práticas sociais de escrita e às diferentes oportunidades de interacção com a envolvência social a propósito da linguagem escrita.
Segundo Martins e Niza (1998), na aprendizagem da escrita, como em qualquer outra destreza, existem três fases distintas:
- A fase cognitiva corresponde à construção pela criança de uma representação sobre as funções da linguagem escrita e de uma representação sobre a natureza da linguagem escrita, nomeadamente das características da linguagem escrita e de que forma se relaciona com a linguagem oral;
- A fase de domínio corresponde ao exercitar das várias operações necessárias à escrita: a criança tem que aprender a tratar o código e a organizar os elementos;
- A fase de automatização corresponde ao momento em que a criança já consegue escrever diversos textos, utilizando estratégias aprendidas sem ter que pensar conscientemente nelas.
Ditado de memória (EB1 de Manhouce)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

História Infantil


Sessão 5 - Ensino da Leitura: a Avaliação

Nas sociedades modernas, altamente escolarizadas, a linguagem além de ser, ela própria, objecto de intervenção escolar, o seu uso é também fundamental no contexto da escola. Aliás, o sucesso ou insucesso académico é em larga medida dependente da proficiência da linguagem. Esta constatação é por demais significativa, quando verificamos, simultaneamente, o grande número de crianças nas quais a aprendizagem da leitura e da escrita se faz com alguma dificuldade.
De modo a obstar a que essas dificuldades tenham um efeito cumulativo, e limitem permanentemente o desempenho dos alunos, é necessário saber avaliar os processos envolvidos na leitura, identificando convenientemente os défices. Para que se constitua como diagnóstico preciso, esse processo avaliativo tem necessariamente de incidir em duas dimensões: a dimensão do reconhecimento de palavras (decifração) e a dimensão da construção de significado (compreensão). Esta última consiste na representação mental integrada tendo por base a leitura de um texto, sendo necessário mobilizar conhecimentos linguísticos e conceptuais através de microprocessos, processos integrativos e macroprocessos.

Sessão 4 - Ensino da Leitura: Compreensão de textos

Ler é compreender, obter informação, aceder ao significado do texto.
(Sim Sim, 2007)

A leitura, numa visão estrita, refere-se ao processo de extrair uma representação fonológica a partir do material impresso, mas a função da leitura só se materializa verdadeiramente na compreensão. Lê-se para obter informações, para perceber o texto, para compreender o que alguém escreveu. A compreensão transcende o processo mais específico, ligado à descodificação do material impresso, e faz-se graças a processos mentais gerais, que não são estritamente dependentes da leitura (Castro e Gomes, 2000).
A importância da leitura e da escrita radica no seu papel de mediadoras de grande parte das aprendizagens escolares, ao permitirem à criança extrair, organizar e reter a informação. A simbiose entre a mestria linguística (oral e escrita) e o sucesso escolar constitui uma evidência pois a eficiência com que se utiliza a língua materna é factor determinante na aquisição dos conhecimentos que integram o currículo escolar (Sim-Sim, 1998).


sábado, 3 de abril de 2010

História Infantil

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Feliz Páscoa



Sessão 3 - Ensino da Leitura: a Decifração

Num sistema alfabético como o nosso, os leitores competentes utilizam dois processos distintos: um directo que implica recuperar da memória permanente as formas lexicais que se adequam aos estímulos ortográficos; outro indirecto, que consiste em recorrer às regras de correspondência entre grafemas e fonemas.
Podemos então referir que o acto de ler é o produto da utilização de várias estratégias (ascendentes e descendentes) simultâneas e em interacção. Assim o leitor utiliza uma via directa de acesso ao significado que é activada quando está perante uma palavra familiar, tratando-se, por isso, de uma leitura visual ou um jogo de adivinhas psicolinguísticas. No caso de a palavra não lhe ser familiar o leitor opta pela via indirecta, ou seja, recorre a uma leitura que passa pela correspondência grafo-fonológica. Para Martins e Niza (2000), a flexibilidade na utilização das diferentes estratégias de leitura é condição essencial para que uma criança venha a ser um bom leitor.
Independentemente da escolha metodológica, e das estratégias específicas para o ensino da decifração, entendida como o reconhecimento automático das palavras escritas, é necessário que o professor tenha uma ideia clara sobre um conjunto princípios orientadores que balizam o ensino da decifração e que podemos sintetizar do seguinte modo:
• O ensino da decifração deve ocorrer em contexto de leitura.
• O ensino da decifração deve ter por alicerces as experiências e os conhecimentos da criança sobre a linguagem escrita.
• O ensino da correspondência som/grafema deve ser explícito, directo e transparente.
• O ensino da correspondência som/grafema deve ter sempre como alicerces a consciência fonológica, particularmente a consciência fonémica.
• O ensino da decifração deve contemplar regular e sistematicamente o reconhecimento de padrões ortográficos frequentes.
• O ensino da decifração deve incrementar a leitura de palavras frequentes.
• O ensino da decifração deve estar intimamente associado a práticas de expressão escrita.

Sessão 2 - Consciência Fonológica

O desenvolvimento da consciência fonológica constitui um dos vectores essenciais da evolução linguística, tanto antes como durante o percurso escolar. A consciência fonológica permite reconhecer e analisar, de forma consciente, as unidades de som da língua, assim como as regras de distribuição e sequência do sistema de sons. As autocorrecções, o prazer lúdico das rimas e dos jogos de palavras são indícios de um conhecimento das regras fonológicas da língua que ultrapassa o simples uso com fins comunicativos.
Além dos aspectos de produção, a consciência fonológica pressupõe o reconhecimento das unidades constituintes do acto de fala. Segundo Sim-Sim (1998), o reconhecimento de palavras é mais rápido do que o de sílabas e este mais célere do que o de fonemas. Esta capacidade de segmentação dos elementos está intimamente ligada ao conceito de fronteira de palavra, à identificação de sílaba e à segmentação fonémica.
Está empiricamente demonstrado que existe uma relação preditiva entre o nível de consciência fonológica da criança e o seu progresso na aprendizagem da leitura e da escrita, surgindo a primeira como pré-requisito para o sucesso da segunda. Ao nível intrapsíquico, a consciência explícita da existência de unidades fonológicas, tais como os fonemas e as sílabas, liga-se a outro conjunto de capacidades como as de percepcionar, reencontrar e memorizar a informação fonológica, sendo estas necessárias à aprendizagem da leitura em leitores principiantes.
Em síntese, podemos referir que a consciência fonológica está ligada ao conhecimento que permite reconhecer e analisar, de forma consciente, as unidades de som de uma determinada língua, assim como as regras de distribuição e sequência de sons dessa língua.



EB1 de Carvalhais (Prof. Sandra)

O Desenvolvimento da Linguagem Oral

"É possível afirmar que existe uma relação directa entre o grau de desenvolvimento linguístico à entrada do 1º Ciclo e o sucesso aí alcançado, em particular nos primeiros anos. Concretamente, o domínio da oralidade é determinante na aprendizagem da leitura e da escrita (…) pelo que aquele desenvolvimento deve ser estimulado desde o ensino pré-escolar, sendo o papel do professor do 1º Ciclo crucial."
(Brochura de Desenvolvimento Linguístico, p.6)

EB1 de Carvalhais (Prof. Aníbal)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Acordo Ortográfico

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa já está em vigor em alguns dos Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Aguarda-se a sua ratificação pelos restantes países para garantir a expansão da língua nos seus factores extra linguísticos, consolidando o discurso científico que produz, as expressões cultural e artística que cria, as relações económicas que veicula e as suas demais dimensões, como a promoção do Português no cenário internacional.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sessão 1 - Desenvolvimento da Oralidade

A aquisição, pela criança, nos primeiros anos, da língua falada pela comunidade em que se insere, surpreende pela grande facilidade, a extraordinária rapidez e a notável regularidade. Através da interacção verbal com o meio social, a criança recebe enunciações explícitas, marcadas pela entoação, que apresentam as características fonéticas, morfológicas, sintácticas e semânticas da língua e que lhe vão permitir uma apropriação dum sistema de regras linguísticas e o desenvolvimento dessa competência particular.
A linguagem oral com que a criança chega à escola é a base da linguagem escrita com que passará a confrontar-se, sendo um objectivo primordial do sistema educativo permitir e encorajar cada criança a usar a língua com o máximo de eficácia, quando fala, ouve falar, lê e escreve.
Esta centralidade da oralidade e da necessidade da escola interiorizar como objectivo o ensino explícito do falar e do ouvir falar, fazendo de cada aluno um melhor utente da sua língua materna, operacionaliza-se através do desenvolvimento das capacidades de fixar e organizar a informação recebida e, simultaneamente, ampliando as aptidões de argumentação e de expressão em contextos diversificados. Deste modo, a importância do uso de uma linguagem clara, fluente e atraente, assim como a necessidade de saber prestar atenção ao que é dito, identificando e separando o essencial do acessório, deverá ser apresentada aos alunos, de forma explícita. Como refere Sim-Sim (1998, pág. 33), “a escola deve ensinar aos alunos o valor de saber ouvir e saber expressar-se adequadamente ao contexto e aos objectivos”.
Escola de Serrazes - Turma B

segunda-feira, 8 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

O que é o PNEP?

“O Programa Nacional de Ensino do Português (PNEP) é uma iniciativa do Ministério da Educação que pretende actualizar e aprofundar os conhecimentos científicos e metodológicos dos formandos no que respeita ao ensino da Língua Materna no 1.º ciclo.
A finalidade central é proporcionar a reflexão sobre as práticas de cada formando e o aprofundamento de conhecimentos à luz dos resultados da investigação sobre o desenvolvimento linguístico da criança e sobre as aprendizagens da língua neste ciclo escolar.”
Contextualização do PNEP
O Programa Nacional de Ensino do Português para o 1º Ciclo do Ensino Básico (PNEP), criado pelo Despacho nº 546 / 2007 de 11 de Janeiro, pretende melhorar o desempenho dos alunos no uso oral e escrito da Língua Portuguesa, levando a um maior sucesso na aprendizagem em todas as áreas, consequência do carácter transdisciplinar da LÍNGUA MATERNA.
Neste sentido e consciente da enorme importância que desempenha o ensino do Português, o Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa, decidiu no ano lectivo transacto, propor o professor António Carlos Rodrigues Gomes, como formador residente para o referido projecto, tendo assumido este ano as funções de formador residente.
Este Programa surgiu da necessidade, urgente e inadiável, de melhorar o desempenho dos alunos em competências alusivas ao domínio da Língua Portuguesa, como demonstram todos os estudos nacionais e internacionais em que Portugal tem participado. Exemplos significativos são o (Reading Literacy – IEA, 1992; Programme for International Student Assessment (Pisa 2000; 2003), os Estudos Nacionais (A Literacia em Portugal, 1995), As Provas Nacionais de Aferição (2000 a 2005), os Exames Nacionais do 9º ano (2005), evidenciando todos essa necessidade premente.
Designação da Acção
A presente formação em Língua Portuguesa, no âmbito do PNEP – Programa Nacional de Ensino do Português, criado pelo Despacho nº 546/2007, de 11 de Janeiro, assenta na modalidade de Oficina de Formação. Assim sendo, integra formação presencial constituída por Oficinas Temáticas; Sessões de Apoio Tutorial em contexto de sala de aula e apoio à planificação/reflexão sobre a prática pedagógica, além de uma sessão plenária regional. A esta formação presencial acresce ainda, todo o trabalho autónomo, onde se inclui a participação na plataforma informática, com colocação on-line de toda a formação.
A referida formação decorrerá entre os meses de Setembro de 2009 e Junho de 2010 na Escola sede do Agrupamento (ver calendarização das oficinas temáticas) e nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, cujos professores titulares de turma aderiram à formação (Consultar mapa dos formandos) e será dinamizada pelo professor António Carlos Rodrigues Gomes, Formador Residente do Agrupamento.
Coordenação do Projecto
A participação no Programa Nacional de Ensino do Português (PNEP) é uma iniciativa conjunta do Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa, sob Coordenação do Núcleo Regional com sede na Escola Superior de Educação de Viseu.
Objectivos Gerais do PNEP
O Plano Nacional de Ensino do Português, designado por PNEP, como já referimos, foi criado pelo Despacho nº 546/2007, de 11 de Janeiro e tem como objectivo central “melhorar os níveis de compreensão de leitura e de expressão oral e escrita em todas as Escolas do 1º ciclo, num período entre quatro a oito anos, através da modificação das práticas docentes no ensino da Língua.” (Despacho nº 546/07, ponto 3). Em síntese, o PNEP pretende actualizar e aprofundar os conhecimentos científicos e metodológicos dos formandos no que respeita ao ensino da Língua Materna no 1.º ciclo. A finalidade central é proporcionar a reflexão sobre as práticas docentes de cada formando, através da supervisão em contexto de sala de aula, feita pelo formador residente e do aprofundamento de conhecimentos à luz dos resultados da investigação sobre o desenvolvimento linguístico da criança e sobre as aprendizagens da Língua neste ciclo escolar tão relevante para o sucesso futuro dos nossos alunos.
Como objectivos gerais do PNEP, temos:
· Melhorar os níveis de compreensão de leitura e de expressão oral e escrita em todas as escolas do 1º Ciclo, num período de 4 a 8 anos, através da modificação das práticas docentes do ensino da Língua;
· Criar nas escolas do 1º Ciclo uma dinâmica interna de formação continuada, no âmbito do ensino da Língua, ancorada em Instituições de Ensino Superior;
· Disponibilizar a nível nacional, materiais de formação, didácticos e de avaliação, no domínio da aprendizagem da leitura, da expressão escrita e do conhecimento explícito da língua para o 1º Ciclo do Ensino Básico.
Objectivos Específicos da Formação no nosso Agrupamento
O Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa candidatou-se a este Programa considerando-o uma referência no processo de formação e actualização dos conhecimentos e das práticas dos seus docentes, bem como na melhoria dos níveis de sucesso em Língua Portuguesa, dos alunos do 1ºCiclo, na perspectiva de que ele proporcione:
● Debate de temas referentes aos domínios da linguagem, com vista à actualização e aprofundamento dos conhecimentos científicos e metodológicos dos formandos;
● Promoção de novas aprendizagens e uma reflexão sobre as já adquiridas, integrando-as na filosofia da formação;
● Partilha de experiências adquiridas na formação, apresentando-as aos colegas como sugestões de trabalho de acordo com as temáticas abordadas;
● Promoção e troca de práticas entre os formandos, interligando-as com as novas práticas, enriquecendo todo o processo de formação de cada um e do grupo;
● Melhorar os níveis de compreensão da leitura, escrita e de compreensão/ expressão do oral dos alunos do 1ºciclo;
● Modificar e enriquecer algumas práticas pedagógicas, valorizando os diferentes domínios da Língua, com vista ao sucesso do ensino e aprendizagem do português.
4.3 Três grandes princípios que regem a formação
a) A formação dos professores é centrada na Escola ou no Agrupamento de Escolas, exigindo a adesão voluntária da Escola / Agrupamento;
b) A formação dos professores visa a utilização de metodologias sistemáticas e estratégias explícitas de ensino da Língua na sala de aula;
c) A formação dos professores é regulada por processos de avaliação das aprendizagens dos alunos ao nível individual, da turma e da escola.